O laurotino (Brasil) ou folhado (Portugal) é um arbusto lenhoso e florífero, largamente utilizado no paisagismo.
Seu caule é ereto, muito ramificado, e sua copa é arredondada. As folhas são perenes, coriáceas, brilhantes, opostas, verde-escuras, com margens onduladas e pubescentes e pecíolos avermelhados.
As inflorescências formadas na primavera e verão são do tipo cimeira, com numerosas flores cerosas, brancas a rosadas, muito perfumadas.
Os frutos surgem no verão. Eles são pequenas drupas, ovais, de um azul escuro e metálico, tóxicos se ingeridos.
Existem muitas cultivares de folhados, de folhas variegadas, flores abundantes, anãs, etc, e três subespécies importantes: Viburnum tinus tinus, da região mediterrânea, V. tinus rigidum, das Ilhas Canárias, e V. tinus subcordatum, dos Açores.
O laurotino é uma arbusto muito versátil, que pode ser utilizado isolado, em pequenos grupos, e na formação de cercas-vivas formais ou informais, delimitando canteiros com muita elegância. Ainda pode ser conduzido como arvoreta, alcançando cerca de 2 a 3 metros de altura. Adapta-se a vasos e jardineiras também, principalmente as variedades anãs. Há cultivares apropriadas para cada função no jardim, algumas com folhagens mais densas, outras mais floríferas, etc, de acordo com a necessidade.
Devem ser cultivado sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos regulares, principalmente no primeiro ano após o plantio. O laurotino é muito rústico, e tolerante ao frio e à estiagem. Se for queimado por geadas, ele rebrotará na primavera.
Multiplicam-se por sementes e estaquia dos ramos, assim como por enxertia e alporquia. As sementes possuem largo período de dormência e requerem períodos de frio e calor para o desenvolvimento do embrião.
O ideal é que se plante no verão, para que germine na primavera.